Ocupação MST Lagoa Santa

MST em Lagoa Santa: audiência de conciliação termina sem acordo

A audiência de conciliação entre representantes do Movimento Sem Terra (MST) e advogados dos proprietários da fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, terminou sem acordo.

A reunião aconteceu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na manhã desta quarta-feira (13).

 

Leia Também: Vereadores de Lagoa Santa visitam Santa Casa; nova direção apresenta prestação de contas e ampliação de leitos

 

Leia Também: Câmara de Vespasiano realiza audiência pública para debater primeira infância

 

MC LOCACOES
A mais completa em locação e venda de equipamentos para sua obra /reforma. Clique e fale conosco.

 

Representante da direção nacional do MST, Sílvio Netto, afirmou que o Poder Judiciário reconheceu a legitimidade do movimento e do direito à propriedade garantido pela constituição.

“Nós reconhecemos e cumprimentamos o Poder Judiciário. Temos o entendimento que, com essa audiência, o Poder Judiciário reconhece a legitimidade e a importância da manifestação que as mulheres sem-terra fizeram no dia 8 de março no município de Lagoa Santa.

Isso nos deixa muito agradecidos e tranquilo de que estamos lutando por um direito.

Essa audiência mostra a importância que tem a função social da terra.

Aquela terra não tem produtividade, por isso é um direito que ela seja desapropriada e se converta em um assentamento da reforma agrária”, afirmou Netto.

Já o advogado da família proprietária da fazenda Aroeiras, Jorge Luiz Pimenta, afirmou que ficou comprovado o direito de propriedade e de posse sobre o terreno

“Apesar dos esforços hercúleos da desembargadora que presidiu o encontro, nós não conseguimos chegar em um consenso.

Muito em relação à realidade que está posta, uma vez que não há campo para a negociação que o MST pretendia, que não seja a desocupação da terra”, afirmou o advogado, que ainda reforçou que foi comprovada a propriedade e a posse do imóvel nos autos, existindo uma questão ambiental com nascentes de água, grutas arqueológicas, ‘’esses elementos inviabilizam qualquer tipo de ocupação’’.

 

Ocupação MST Lagoa Santa

 

Segundo o advogado, a família espera agora uma decisão judicial para pedir a reintegração do terreno.

“Vamos buscar na Justiça uma decisão favorável para a reintegração.

O terreno não estava abandonado. Quem diz é o juiz. Ele foi in loco e viu que a situação é o contrário.

A família exerce essa posse desde os anos 1960. Lá existiam animais e plantação de cana. O laudo fala isso”, finalizou.

Por Bráulio Ivo

Compartilhe

Leia também

Inscreva-se