O vereador de Lagoa Santa, Joaquim Rufino de Carvalho (Republicanos), que está em seu segundo mandato, vem sofrendo nos últimos dias uma série de acusações de um ex-servidor do seu gabinete. De acordo com a assessoria do parlamentar, após ser exonerado, Nicolas Alexandre Diniz tentou chantagear Rufino para permanecer no cargo, como não teve sucesso, foi a público alegando uma série de supostos crimes, como homofobia e até “rachadinha”.
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Em nota, a exoneração aconteceu após o vereador Joaquim Rufino Rufino descobrir que Nicolas “era uma farsa”, nunca foi advogado, mesmo se posicionando como tal, dentro e fora da Câmara Municipal, inclusive, produzindo conteúdos para as redes sociais do vereador e usando a referência de “Dr” quando se referia a ele próprio.
“Eu não acreditei quando me falaram isso, cheguei a ligar para o presidente da OAB de Lagoa Santa para confirmar se Nicolas era ou não advogado, e infelizmente, não era, nunca teve registro na Ordem, foi quase dois anos dessa mentira”, declarou Rufino.
A partir daí, a vida do vereador vem se tornado um pesadelo. Mesmo sem apresentar provas materiais, Nicolas afirma que sofria pressão psicológica do vereador e de outros servidores do gabinete por sua orientação sexual, que era vítima de homofobia e que teria passado por tentativa de “cura gay”. Ele também afirma que até ameaças de morte sofreu.
“Minhas próprias ações junto ao Nicolas tornam suas falas mentirosas. Se tivesse algum problema quanto a sua opção sexual ele não teria ficado tanto tempo no meu gabinete, eu não o teria promovido e digo mais, nunca teríamos viajado a trabalho juntos. Tudo não passa de mais uma de suas mentiras”, disse o vereador.
Sobre o suposto esquema de “rachadinhas” no seu gabinete, o vereador afirmou que nunca realizou qualquer tipo de transação financeira ilegal entre membros do seu gabinete.

Possíveis crimes cometidos por Nicolas – Falsidade ideológica, Peculato e Falsificação de Documentos Público
Após descobrirem que Nicolas Diniz se passava por advogado, o vereador fez uma varredura em seu gabinete e descobriu alguns ofícios sem o seu conhecimento e até possível falsificação de sua assinatura.
Um dos casos apresentado mostra que Nicolas teria falsificado a assinatura de Rufino para benefício próprio, solicitando ao RH da Câmara Municipal a contratar seu companheiro como estagiário do gabinete, e que segundo sua assessoria, nunca prestou qualquer serviço.
“Nunca autorizei essa contratação, nunca vi esse estagiário em meu gabinete, suas folhas de ponto eram assinadas virtualmente, tudo indica que Nícolas falsificou minha assinatura solicitando essa contratação.
Após essa primeira descoberta solicitei ao presidente da Câmara uma auditoria em meu gabinete e em todos os meus atos no período em que Nicolas esteve conosco”, disse Rufino.
De acordo com o RH da Câmara, o companheiro de Nicolas esteve contratado entre Abril/2023 e Julho/2023. Também foi descoberto que neste mesmo período o companheiro de Nicolas esteve contratado como estagiário da Prefeitura de Lagoa Santa.
“O aprendizado que tiro de tudo isso é a falta de gratidão das pessoas. Quando contratei Nicolas ele estava passando por um momento difícil, sem emprego, várias portas fechadas para ele justamente por tanta mentira, mas eu resolvi dar uma oportunidade a ele. Deus sabe de todas as coisas, árvore que não dá frutos ninguém apedreja, não é isso. Agora a justiça trará toda verdade e toda e todas essas mentiras cairão por terra.
Meu gabinete segue de portas abertas, sigo trabalhando por Lagoa Santa, honrando cada voto recebido e principalmente, honrando o nome de Deus aonde quer que eu vá”, finalizou o vereador Joaquim Rufino.
O que diz Nicolas Diniz
Procurado por nossa reportagem, Nicolas garantiu tranquilidade quanto aos supostos crimes imputados a ele enquanto assessor do vereador. Com relação às acusações de que fez, Diniz afirmou que as provas já estão em poder da polícia e do Ministério Público e que novas denúncias devem acontecer.
Nicolas segue como servidor do Poder Legislativo, mas está afastado por 60 dias, conforme atestado apresentado ao RH.
Por Felipe Cruz